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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Comentários técnicos do cruzeiro a Ilha Grande

Complementando a publicação Travessia Continente a Ilha Grande em caiaques a vela.

Eu e Nívea chegamos a Angra dos Reis na sexta-feira, véspera da nossa partida. Fomos conhecer Camorim, o local escolhido para a saída. O que presenciamos não é o habitual na região. Uma lestada de uns 15 a 17 nós com muitos carneirinhos no mar. Mas, vento que era favorável para o nosso percurso.

Nivea em Camorim no dia anterior. A praia e uma enseada protegida da forte lestada deste dia
Devido a lestada, eu e Genilson programamos a nossa saída para bem cedo, pois o planejado era pegar esta lestada já com meio caminho velejado. Mas, tal vento não se repetiu e remamos muito...

A remada e os caiaques
Quem conhece o Genilson, sabe que ele é um atleta senior e eu um pós senior, gordo e sedentário. O Genilson remava com muita tranquilidade e tinha a paciência de me aguardar. O Veleirok é muito leve e adequado para a remada, desde as suas origens. Consegui remar facilmente ... Toda a versatilidade dos caiaques á vela foi apreciada nesta jornada!

Genilson remando o caiaque a vela duplo da Hidroglass Rio, ainda proximo a Camorim e a uma linda ilha
Condicionantes técnicos da velejada
A Região de Angra dos Reis é conhecida por nao ser pródiga em ventos, o que favorece os caiaques à vela, que velejam em ventos fortes, mas, começam a se movimentar com leves brisas.  O nosso objetivo era no sentido sudoeste na agulha do compasso náutico, mas, foi desta direção, que começou a soprar o vento no entorno do meio-dia. E, para completar, a maré trazia uma correnteza contrária ao nosso destino. As previsões de ventos na região eram de vento leste, com uma chegada de uma moderada frente fria a partir de meia noite. As previsões não são ainda plenamente confiáveis...


Geografia da região e o nosso percurso.  
Performances na velejada
O vento sudoeste chegou fraco, a correnteza era contra e o mar estava com ondas picadas (curtas e constantes). O Genilson pesa cerca de 60 kg e o seu caiaque modelo duplo da Hidroglass Rio é adequado para mais de 200 kg. Eu peso 110 kg e o Veleirok é um caiaque oceano touring adequado para remadores com até 80 kg. Em lagoas, a diferença de performance não é acentuada, mas, em mar picado, o meu peso fazia toda a diferença e na orça fechada (contra vento), o mar picado freava o Veleirok e para conseguir mais potência eu precisei arribar para manter velocidade, o que com a correnteza nos obrigou a aportar na Ilha Grande, na praia Longa.
Bem, desde o inicio do desenvolvimento do Veleirok, a observação dos amigos era de que o caiaque não flutuaria comigo. Então, conseguir realizar essa travessia, para mim era uma significativa proeza.
Eu sugeri ao Genilson, que trocássemos de caiaques, mas, devido a segurança, ele não aceitou, pensou que eu não conseguiria embarcar em seu caiaque. Esqueceu, de que eu consegui reembarcar a noite no Veleirok em Guarapari, após uma virada. Veja o relato aqui!
Nota 10 para o caiaque do Genilson, nota 10 para o Veleirok, nota 10 para o Genilson e nota 5 para mim, apenas pela coragem!
É muito seguro e prazeroso velejar em caiaques à vela!

Genilson velejando na travessia e amostra de como estava o mar

Danilo arribando para manter a velocidade do caiaque no mar picado

 Conclusão
O gostinho de aventura ficou e fomos mordidos pelo vírus de novas aventuras. Aguardem!

2 comentários:

  1. É sempre bom "ouvi-lo" suas façanhas de "moleque" desmamado. Me deixam alegre e emocionado.
    Mas tenham cuidado, e entra num programa pra diminuir a sua poupança de BANHA!
    Bons ventos sempre...

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  2. Muito show cara, essa travessia foi bem louca!
    Um dia vou testar um kayak a vela. Pena que eu não curta kayaks abertos. Surfo com playboat fechado, me sinto mais seguro no rolamento pq prendo as pernas dentro. Mas acho que a velejada deve ser melhor no aberto mesmo.

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