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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Encontro da Vela Pop em Arraial do Cabo, RJ



Na sexta-feira dia 10 de outubro de 2014, início da noite, cheguei a Arraial do Cabo, RJ para participar do Encontro da Vela Pop. Fiz contato como Pedr Inho, nosso cicerone e o encontrei na Praia dos Anjos.

O Pedr Inho me levou a casa dele, na mesma praia e fiquei conhecendo a sua mãe e a grande obra do proa que está construindo. Fiquei impressionado com a qualidade com que o projeto do Diercking está sendo construído. O casco está pronto e presente, impressiona!

Após, fomos a um bar, onde tomei umas cervejas e batemos um longo papo! Muito simpático e informado o Pedr Inho! Como eu estava cansado, ele me deixou no Hostel onde pretendia descansar.

A fama de ventos fortes em Arraial do Cabo se fazia presente! O asfalto da Praia dos Anjos estava coberto de areia e o vento foi forte durante a noite toda!

Acordei cedo, o vento continuava assobiando! Procurei uma padaria e tomei o café da manhã. Arraial do Cabo já estava movimentada, devido a coincidência de ocorrer em paralelo um grande evento de SUP.

Cheguei a Praia, retirei o Veleiro K do teto e iniciei a montagem. Logo que terminei, Pinon, Nei e Genilson chegaram.


16 nós a velocidade do vento antes de irmos para a água


Medi o vento no anemômetro e continuava muito forte, com rajadas que chegavam a 18 nós. Decidi usar a minha vela de 2,25 m² para ventos fortes. Pinon estava preocupado pois não trouxera a vela menor e o Genilson não mostrava preocupação!

Com os barcos montados e já na praia, decidimos sair da parte mais abrigada, pois o vento tinha gerado muitas ondas, o que dificultava o nosso embarque naquele ponto. O Pedr Inho me ajudou e quando embarquei uma onda pegou o Veleiro K de lado e encheu o cockpit. Quando percebi já tinha virado! Com a ajuda do Pedr Inho, esvaziei o cockpit com a bomba e retornei ao embarque começando a velejada. Os demais velejadores em caiaques "sit-on-top" estavam velejando tranquilamente.




Mas, como num passe de mágica o vento morreu neste momento e não voltaria mais. O Veleiro K, portando uma vela de ventos fortes, carregando o meu PESO, se arrastava lentamente e tinha que superar as grandes vagas que tinham sido formadas!

O Pinon foi o destaque deste Encontro! Velejou muito bem, conseguiu boa velocidade e se saiu já como veterano! O Genilson, como sempre foi o mais veloz com o seu caiaque Hidroglass Rio do modelo monoposto e com a vela talada que produz.   O Pedr Inho mostrou muita habilidade velejando em seu pequeno caiaque monocasco e sem leme!

Carlos, um amigo do Pedr Inho estava com um caiaque rotomoldado com uma vela igual a dele e velejava e remava muito bem! A Flotilha tomou conta do mar de Arraial do Cabo e fomos rumo a Praia do Forno.



Eu cheguei a Praia do Forno, que continua linda como eu conheci quando tinha 16 anos de idade. A água é de uma cor impressionante, límpida e o visual maravilhoso. Um paraíso para ser visitado!

Lá ficamos preguiçosamente curtindo o local e num bate-papo animado, apreciando o visual. Alguns turistas, que lá estavam, vieram conversar conosco, curiosos com os caiaques à vela. O Genilson convidou o Perdr Inho para testar o caiaque da Hidroglass. Foram momentos inesquecíveis.

Pedr Inho no test-drive do caiaque da Hidroglass Rio

Voltamos a velejar, explorando o local. Genilson e eu fomos os últimos a retornar a Praia dos Anjos. Chegamos a praia e conhecemos o Hector, um Engenheiro Naval, Oficial da Marinha do Brasil, projetista de barcos, que está construindo um veleiro e reside em Niterói. Muito simpático, o convidei a conduzir uma clínica de vela na nossa última velejada do ano. Ele aceitou e vamos fechar o detalhes em breve!

O vento permaneceu merreca durante todo o dia, o que foi ótimo para o evento dos SUPs. Quanto a nós, a beleza do lugar superou a falta do vento. Mas, este não será o primeiro e único evento em Arraial do Cabo!   Agradecemos ao anfitrião Pedr Inho, que foi perfeito!







quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Velejando e aprendendo! Ilha da Madeira à ilha dos Martins


No sábado 23 de agosto de 2014 velejadores da Flotilha Vela Pop RJ realizaram uma travessia da ilha da Madeira à ilha dos Martins.

O evento proporcionou curtições de congraçamento entre os velejadores e familiares, além de desafios técnicos  em cenário de natureza esplendorosa mesmo com a intervenção humana.

Compareceram ao evento Dora e Nei (amigo do Pinon) com seu caiaque a remo e motor elétrico, que foi fundamental para nos safarmos da correnteza contra em um determinado momento;  Rai e Pinon; Luiza e Genilson; Fernando e namorada.

Os familiares seguiram via "táxi-boat" para aproveitar o paraíso! Esta talvez seja a característica que nos faz repetir esta aventura.

Desafios técnicos da travessia:
Nei e Pinon quando eu cheguei a ilha da Madeira já estavam nos finalmente da montagem e partiram aproveitando a maré que estava no estofo da vazante e o vento terral que era favorável ao objetivo;

Eu com a minha lentidão na montagem tive a companhia sempre solícita e prestimosa do Genilson Andrade e partimos momento depois, quando a maré já era de enchente e logo após o vento rondou para sul, o que prenunciava vento contra até a Ilha dos Martins;

Senti no semblante dos companheiros um espanto quando declarei que velejaria sem a bolina. Foi o que fiz! O Genilson ficou mudo, mas deixava transparecer que eu iria estragar o passeio!

A Nívea sempre veleja sem a ação da bolina. Na lagoa de Maricá, devido a profundidade, tenho pouco usado a bolina e percebi que esta faz pouca ou nenhuma diferença e é um peso a mais que preciso transportar e que ajuda a gerar um spray que inunda o "cockpit" do Veleirok.  Bem, não aconselho aos demais velejadores a abandonarem as bolinas, esta é uma característica do Veleirok, cujo casco é perfeito para remar e foi projetado para sempre seguir a vante em linha reta. As amas também contribuem para manter a orça e o barco foi perfeito no contravento;

O design do Veleirok, por decorrência, dificulta a manobra de mudança de bordo (cambar). Devido ao meu peso e a pequena área vélica que uso (3 m²), cambar sempre diminui a velocidade e a retomada da velocidade de cruzeiro é lenta. Superando a minha aversão ao uso de remo nas velejadas, resolvi ajudar com o remo nas cambadas e gostei do resultado. Tudo tem aspectos positivos e negativos. Para isto precisamos ter a nossa mente aberta como paraquedas!;

Nesta velejada inaugurei o sistema de rizar e enrolar a vela no mastro, pode ser visto nas imagens, mas é um projeto em desenvolvimento que merecerá em breve uma publicação especialmente dedicada ao assunto. A vela que utilizei era uma surrada Vela VK triangular que está servindo para testar o sistema;

O Genilson Andrade inaugurou mais uma de suas excelentes velas taladas. Está ficando um mestre em veleria. Os caiaques da Hidroglass Rio ficam melhores a cada dia e ele sempre evoluindo nas velejadas. Estou sabendo de segredos de novidades que estão em desenvolvimento e estarão no mercado em futuro próximo. Aguardem!

Se atentarmos ao mapa, verificaremos que a escolha de seguir pelo canal entre a ilha dos Martins e uma pequena ilhota que lá está é uma mazanzada da flotilha. Com vento e correntes contra este canal é uma armadilha. Na saída do canal a corrente era tão forte, que a vela e remando, não conseguia avançar. O Nei com o seu caiaque a motor elétrico e remos me ajudou com reboque por um pequeno trecho que era radical. Agradeço ao Nei, pois o meu inexistente preparo físico já tinha ido para o brejo...
Na próxima ida a Ilha dos Martins, com vento contra, a escolha será o canal maior, formado com a ilha de Itacuruçá. Não digo nem sob tortura quem propôs o rumo adotado!

Sentimos muito a falta das presenças de Karla, Marcelo Maia, Mauro Pessanha, Ivan, Nery e Nívea, que estava em Vitória ES. Que o destino nos reserve outras aventuras destas!



















quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Com Nívea, a Intrépida, em percurso com vento forte

Por um longo tempo me rendi a preguiça de atualizar o blog e registrar apenas nas redes sociais, abandonando as publicações deste blog. Não que inexistam  fatos e eventos que merecessem divulgação, muito pelo contrário, ocorreram fatos relevantes para a Vela Pop, registrados apenas no Facebook e no Youtube. Mas, o Facebook tem um grande defeito, os históricos se perdem no tempo.

Na minha longa jornada como velejador, uma característica sempre me chamou a atenção. Um velejador precisa saber administrar o tempo dedicado a atividade, sem prejudicar o relacionamento com a família, principalmente  com a sua companheira. Isto é sempre um ponto delicado e certamente um dos empecilhos a disseminação da cultura vélica.

Eu sou um homem de sorte! A Nívea, sempre foi companheira em todas as atividades, mas se abstraia de participar nas velejadas. Até, que há 3 anos, sem a minha intervenção e orientação, resolveu velejar nos caiaques à vela. Ainda bem que eu dispunha de 2 caiaques. A Nívea não gosta de teorias e como eu me manquei, nunca tentei dar qualquer orientação técnica. Os amigos, nas velejadas, sempre procuraram orientá-la. 

Um dica: Eu desconheço mulheres velejadoras que não formem um casal feliz com outro velejador. Mesmo que não seja o primeiro velejador com que tenha se relacionado.  



Na sexta-feira, dia  7/02/2014, programamos um percurso em dupla, cada um em seu caiaque de ida e volta ao Quiosque do Hotel Jangada. Tentamos sair da Praia das Amendoeiras o mais cedo possível, mas só conseguimos às 10:30 hs, pois sabíamos que a forte lestada que açoitou a laguna no dia anterior iria se repetir. Eu documentei em imagens o registro das velocidades do vento e rajadas no anemômetro. Ventos de 16 a 20 mph com rajadas que em uma oportunidade bateu a 30 mph.



A ida foi tranquila, no contravento inicial tive melhor desempenho que a Nívea, mas quando rumamos no través buscando a derrota traçada, ela me dispensou e não consegui acompanhá-la de perto. A diferença de peso é mais importante que qualquer conhecimento técnico, quanto a velocidade da embarcação.










Na chegada ao Quiosque do Hotel Jangada, tivemos dificuldades na aproximação devido ao colar de algas que impedia a passagem. Finalmente descobri um espaço e conseguimos chegar ao objetivo.

O forte calor do verão de 2014 facilitou a disseminação de algas em toda a orla da lagoa de Maricá, algo que também aconteceu em todo o litoral do sudeste e sul do Brasil e registrado por imagens de satélite.

 No quiosque, uma decepção, pedi uma cerveja e esta veio simplesmente quente. Um local sem administração, o que nos deixou com saudades do quiosque do Carlão!









No retorno, contornamos com mais facilidade o colar de algas pela face norte e rumamos a Praia das Amendoeiras. A região do Quiosque do Hotel Jangada é protegida do vento leste, logo que saimos desta região percebemos a velocidade do vento. Nívea ia mais a frente e num rumo mais a barlavento. Mas logo percebi que ela enfrentava dificuldades para seguir rumo a Praia das Amendoeiras e seguia para barlavento, numa orça folgada e com o pano pouco caçado. Rumei para a sua posição e ela me falou que estava embarcando muita água e estava seguindo para a margem sul da laguna. A acompanhei e chegamos  na margem sul.








Eu estava preocupado com o estado emocional da Nívea, ela é mais forte do que avalio! Bombeei a água do "cockpit" do Romanok e conversando com ela optamos em seguir um rumo direto a Praia das Amendoeiras, a nossa base. Mas, popa rasa não é a melhor opção para caiaques à vela.

Enquanto esgotava o Veleirok, observava a velejada da Nívea, que conseguiu chegar a margem norte, no promontório que divide as praias do Marine das Amendoeiras. Segui para o ponto e senti na pele o que ela experimentou. O Romanok virou um submarino, mas é impressionante o caiaque à vela não deixa de seguir o rumo, mesmo que todo alagado!

Chegando ao Pomontório do Buriche, esgotei novamente o Romanok e Nívea continuou até o ponto de chegada.

Conclusões:

  • A Nívea ganhou o diploma de velejadora;
  • Eu errei por não estar com o rizo da Vela VK preparado para os 2 barcos;
  • Da flotilha, nós usamos a menor área vélica, apenas 3 m² e nestes momentos isto é valioso;
  • Velejar em águas restritas é sempre um fator de segurança e o ideal para aprendizes;
  • Caiaques à vela são melhores, quando "sit-on-top", ou seja, sem "cockpit" para inundar;
  • Os momentos vividos ficarão na nossa lembrança e serviram para fortalecer ainda mais o nosso relacionamento.

                     


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cavalete-estante, presente de Natal em agosto

Marcelo Maia autor e executor do projeto que recebi de presente. Um presentão!

Os caiaques estavam guardados na casa do Carlão em Maricá, a 200 m da praia. Após 4 anos alojados na beira d'água, sentiram falta e pediram a volta para a praia.

Eu pesquisei na Web e encontrei um modelo que achava que atenderia. Na festa de inauguração da loja da Hidroglass Rio, o Marcelo Maia me ofereceu madeiras que tinham sobrado de uma reforma de telhado em sua casa.

Na segunda-feira passada fui à casa do Marcelo Maia para construirmos os cavaletes. Ele teve um dos seus "insights" criativos e inspirado elaborou o design dos Cavaletes-Estante. Sensacional! O resultado foi muito superior ao que eu esperava e as madeiras eram de lei,  excelentes e terão longa vida útil.

Vejam o resultado final, após duas tardes de trabalho na construção e mais um dia de montagem final dos pés e pintura, já em Maricá. Eu apenas auxiliei no trabalho do Marcelo e às vezes atrapalhei.

Agora vai ser mais fácil ainda curtir as velejadas em caiaques à vela!

Iniciando a pintura

Dá para perceber a solidez dos cavaletes e a dificuldade do pintor

Caiaques já nos cavaletes e bem equilibrados apesar das amas

Se o local não for adequado, é só mudar.

Agora é só curtir e fazer uma faxina no local!



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