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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Travessia do Atlântico chegando em Fortaleza CE



QUARTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2011
Para remadores brasileiros
Contagem regressiva para o Fortaleza: 190 milhas (305 km)
Ontem  Aleksander Doba
 enviou uma mensagem de remadores brasileiros:
Meu humor depende do vento. Quando se sopra de norte Eu me sinto ótimo, quando oposta Eu me sinto horrível. Eu deveria chegar ao Fortaleza em duas semanas ou menos.Eu estou me perguntando se alguém irá saudar-me lá ?
Remadores cearenses, preparem-se para a festa de boas-vindas!
Lembre-se que você pode sempre acompanhar de Aleksander posição real no serviço local .
Vamos recepcionar o Aleksander!!!!

site oficial: http://www.aleksanderdoba.pl
http://transatlantic2010.blogspot.com/2011/01/for-brazilian-paddlers.html
 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

História do caiaque à vela CD00



No início de 2007, eu e meu amigo Flávio fomos remar nossos caiaques na Represa Billings como de costume, e após algumas horas remando e já com os braços doendo, me veio a idéia de utilizar as pernas e não os braços para deslocar o caiaque.
Comecei então a pensar em um mecanismo para transferir a força das pernas para a água, e que coubesse dentro do caiaque, pois não queria perder a hidrodinâmica do barco. Após várias idéias, cheguei em algo que parecia funcionar, então conversei com o Flávio para ver se ele topava construir comigo (eu e Flávio trabalhamos juntos em modelação, no desenvolvimento de peças e protótipos na General Motors). Ele topou, começamos então a planejar a construção.
Resolvemos utilizar uma cópia da parte inferior do casco do caiaque do Flávio (um caiaque de corredeira da década de 80, com 4m de comprimento) para construir o barco. Na época eu trabalhava em uma metalúrgica, onde construí todos os mecanismos utilizados. Posicionamos os mecanismos sobre o casco, e construímos a parte de cima do barco em função dos mecanismos e da ergonomia para utiliza-los; esta construção foi feita em madeira compensado revestido com resina e fibra de vidro (quem está laminado é o Flávio).
Ainda em março de 2007 a parte funcional do barco ficou pronta, e ansiosos o levamos para a água.
Mas o barco navegou um pouco e o disco de fricção quebrou, não imaginava que a força seria tão grande.

Reforcei o sistema de fricção, mas novamente ela não agüentou, então resolvemos substitui-lo pela caixa de redução de uma velha furadeira onde adaptei os pedais; no primeiro teste cisalhou a chaveta de uma engrenagem; desmontei a caixa e reforcei todas as junções, e então o barco não quebrou mais (não tenho fotos). Porem ele cansava mais do que o caiaque, e andava bem menos, assim acabou ficando encostado no canto da oficina do Flávio por um bom tempo.

No início de 2010, conversando com Fernando (um colega de faculdade velejador, que possuiu um veleiro), ele comentou que havia visto uma foto de um barco (Maora), e que daria para adaptar o sistema em um caiaque, pesquisei mais algumas fotos de outros barcos na internet; e como o Flávio queria comprar um veleiro pequeno, propus transformarmos o nosso “pedalinho” desativado, em algo parecido com as fotos que dispunha.
Assim planejamos a construção baseada no que julgamos de melhor e mais funcional em cada foto (lembrando, nenhum dos dois jamais entrou em um veleiro). Levantamos os custos e a maneira mais fácil de construir, dividimos as atribuições, e começamos removendo todo o mecanismo do pedalinho, e tampando os furos do casco após a remoção.

Construímos as amas em tubo de PVC de 6”, com comprimento de 2,4m, e sob a parte frontal de cada ama fixei uma madeira compensado para servir de bolina; não queria que ela fosse profunda pois navegamos por águas rasas. Construí suportes em aço, para montagem das amas e dos tubos transversais (alumínio 1.1/2” x 2m), os suportes foram fixados ao barco e as amas com fibra de vidro e resina; sedo a montagem do barco realizada com 8 parafusos, um em cada suporte. Aproveitei o mecanismo do leme do pedalinho e construímos o velame, o mastro é feito com tubo de alumínio de 2” x 4,5m, e a retranca 1.1/2” x 2m; as primeiras velas que fizemos eram de lona leve, as roldanas são até hoje de varal. No final de Agosto ele ficou pronto, o Fernando deu uma olhada e achou que ia funcionar.

Novamente ansiosos levamos a criação para a represa, e mais um caiaque para acompanhar e eventual socorro, pois nenhum dos dois sabe velejar. Entramos com a cara e a coragem, e barquinho navegou legal na primeira (não temos conhecimento, nem outro barco para compara-lo, mas ele ficou alem de nossas expectativas).




Com o barco nesta configuração velejamos algumas vezes, sempre realizando testes e incluindo alguma melhoria. Devido à ergonomia do pedalinho, a cadeirinha deste barco ficou deslocada para trás em relação à posição do caiaque, e também acrescido do peso do mecanismo do leme e de todas as madeiras utilizadas na construção do barco, ele ficou muito pesado, e com a traseira mais pesada que à frente, o que se percebe principalmente comigo que sou mais pesado que o Flávio.
Comentando com Fernando, e comparando a nossa vela com as fotos de outros barcos, ela parecia dura e não tinha aerodinâmica, estávamos com vontade de algo melhor. Quando vi na internet algumas fotos dos barcos da Hobie, achei o formato da vela deles muito bonito, pesquisei um tecido mais fino, usei o nylon pára-quedas, pesquisei na internet os recortes da vela, e botei mãos a obra. No início de dezembro as velas ficaram prontas e as testamos (não temos fotos).
Em dezembro fizemos mais algumas pequenas melhorias, e um leme menor (vermelho das fotos) mas ele ficou ruim voltaremos ao antigo. A ultima vez que colocamos o barco na água foi no dia 9 de janeiro passado.



Estamos planejando mais melhorias, e construir mais um caíque à vela agregando o aprendizado com este primeiro barco; para podermos dispensar o “batedor” no caiaque.

José Francisco Caparroz
josefrancisco.caparroz [arroba] gmail.com

(11) 4220-2446
(11) 9518-2403 



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cruzando o Atlântico, Hannes Lindemann, 1956


Ele não foi o primeiro a cruzar o Atlântico em caiaque, O alemão Hannes Lindemann ganhou maior notoriedade entre os caiaqueiros contemporâneos, porque publicou um registro escrito de seu épico "Sozinho no Mar".  Com duração superior a 72 dias, a partir de 20 outubro a 30 dezembro de 1956.





Cruzou entre Las Palmas, nas Ilhas Canárias e St.Martin, nas Bahamas, em um 17'1 Klepper, o Libéria III Lindemann subsistiu principalmente de leite em pó, latas de cerveja, a água da chuva e da pesca.






Ser um médico o ajudou a prevenir e tratar suas doenças, e ele se tratava delas com medicina tradicional e uma espécie de pré-treinamento da mente, filosofia "New Age".
No entanto, Lindemann sofria de atrofia nas pernas, pele e furúnculos, resultado de infecções de uma alternância de condições secas e úmidas, e privação do sono.


Ele teve que comer no caminho seus suprimentos, antes que pudesse se esticar confortavelmente para dormir. Ironicamenteo tempo tornou-se tão instável, que ele tinha que permanecer muito tempo acordado.





Lindemann fez uso de um equipamento com 2 velas e um estabilizador (ama) construído de metade de um tubo de pneu de automóvel. A viagem foi surpreendentemente suave no primeiro mês, e Lindemann aproveitou o aquecimento dos ventos. Mas, no final de novembro as coisas ficaram difíceis, e em meados de dezembro passou um dia e meio agarrado ao lado de seu barco virado. Em várias ocasiões, ele subiu no casco virado seu caiaque, mas temperatura do ar estava muito mais fria, e suas roupas de pano encharcadas, não-isolamento, que ele caiu de volta à água para esperar tempestade passar. Ele confessa que seu mantra mantinha vivo: "Oeste ... Nunca desista,
nunca desista, eu vou fazer isso. "



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