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sábado, 16 de março de 2013

Lestada Forte em São José do Imbassaí



Na companhia do Mauro Pessanha, em velejada combinada na noite anterior, velejamos na Lagoa de Maricá.

Cheguei e Mauro que tem casa em Maricá, lá, já estava e com o seu Windyak, prático de montar já pronto para velejar. O Mauro foi inaugurar as implementações que realizou no seu caiaque bem antes de mim.

O novo Windyak, agora com mais volume na proa e popa. Talento de laminador do Mauro Pessanha

Eu velejei com o Romanok, o que não fazia há muito. É preciso velejar mais neste caiaque, para conhecê-lo melhor e fazer com que tenha mais velocidade e ganhar mais confiança. Este foi o dia ideal para isto.

O vento estava fraco e como tínhamos combinado fomos visitar e explorar a Praia das Amendoeiras. Lentamente e me familiarizando com o Romanok, conseguimos com pouquíssimo vento chegar lá.



Constatamos que a Praia das Amendoeiras é bem mais movimentada que a praia Marine, que foi a nossa base. Vários quiosques funcionando e um servia até almoço. Sem vento e a hora propícia para almoçar, foi o que fizemos. Enquanto almoçávamos o vento fraco que vinha do quadrante sul, deu lugar a uma forte lestada. Eu não estava com anemômetro. Mas, as rajadas avalio que chegavam a 15 nós.

Quando retornamos aos barcos, ao tentar embarcar, não encontrei a cana do leme. O sistema que projetei tinha falhado. Garimpando o fundo da lagoa, consegui encontrar a cana do leme e com um cabo consegui anexá-la ao sistema.



A lestada era tudo que precisava para testar o Romanok. Sair da Praia das Amendoeiras na lestada, só encarando o forte contravento. O Mauro no Windyak e eu no Romanok seguimos na velejada,  me surpreendi com o Romanok. Excelente orça! Valente e equilibrado no leme, cambava com facilidade! Eta, prazer de afinar um caiaque à vela. A Vela VK e os componentes (amas, leme e adaptação) da Hidroglass Rio foram  responsáveis pelo sucesso!

Eu já estava quase no fim do contravento, quando procurei o Mauro, que estava mais perto da praia e me fazia sinais de que algo não estava bem. Tive que abandonar o meu rumo e seguir até ele. Quando cheguei perto, me informou que tinha perdido a cana do leme ...

Dizem que não há coincidências!!! Mas, 2 problemas com cana de leme no mesmo dia! O que será isto?  Seguimos até o final da Praia das Amendoeiras  e com o apoio de um pescador, morador da região, chamamos um taxi, que nos levou a praia onde deixamos os nossos carros.

Fiquei contente com a performance do Romanok! Já tenho caminhos para aperfeiçoá-lo ainda mais.



Almoçando com excelente panorama ...



terça-feira, 5 de março de 2013

Paradox, Classe A Australiano


O que há de mais moderno em multicascos compõe o Paradox, catamarã da Classe A desenvolvido na Austrália.

Algumas características visíveis:

  1. Cascos das amas com a proa invertida. Presente em todos recentes projetos de multicascos;
  2. Lemes e bolinas NACA de shape estreito, com pouca largura e muita profundidade;
  3. Mastro posicionado um pouco a ré da meia nau;
  4. Vela de alto aspecto, retranca pequena. Forma da vela trapezoidal e talada.
Qual será o paradoxo?





domingo, 3 de março de 2013

Volta à baila a Vela VK Trapezoidal

Vela VK Trapezoidal em velejada noturna em Guarapari ES

A Vela VK Trapezoidal foi a primeira desenvolvida na inauguração do conceito de Vela Asa Flexível Sem Costuras e que estreou em 6 de janeiro de 2012.

Esta vela tinha 4 m² e a potência produzida resultou nas minhas 2 únicas viradas com o Veleirok até hoje. Eu imaginava que a área vélica era a única responsável pelo excessiva potência e voltei a utilizar a vela triangular com 3 m². Nunca mais voltei a virar. Mas, no meu subconsciente ficou a sensação de potência e aceleração que a Trapezoidal proporcionava.

Nas minhas pesquisas sobre Aerodinâmica de Asas, deparei-me com um site do renomado projetista naval Eric W. Sponberg, que explica porque as velas trapezoidais têm forma aerodinâmica mais eficiente.

C.A. Marchaj, Aero-Hydrodynamics of Sailing, Dodd, Mead & Co., first edition, 1979.  Photo 2.27A
Não pretendo entrar em detalhes teóricos. Mas, se o leitor prestar atenção aos veleiros modernos, verificará que a grande maioria utiliza velas trapezoidais e as triangulares ficaram restritas aos monotipos antigos, que tem dificuldades operacionais e de projeto para alterar as regras da Classe.



Neste modelo Trapezoidal, a Vela VK terá 2,8 m de testa, 2 m de esteira e 0,70 m no top, o que resulta uma área vélica de 3,78 m². A redução do comprimento da testa proporcionará: Menor comprimento de mastro e Centro de Gravidade mais baixo.

O Veleirok tem um perfeito equilíbrio, com leme neutro, tudo indica que continuará assim. O que me incentivou a voltar a vela trapezoidal, também, foi o novo sistema de rizo, que é prático e funcional.

Agora é partir para a compra da Lona Leve Locomotiva e o corte da Vela VK!
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